This video is from 2012. I do not know if the statistics have changed much since that time. What I do know is that EVERY person, EVERY voice, in all it's DIVERSITY and FULLNESS that we loose, child or not, makes us poorer and makes our voices sound more and more muffled and incomplete.

PEACE and ACCEPTANCE are - more than ever - NECESSITIES. Only then can our VOICES, our LIFE, our SONGS be COMPLETE.

 THINK BEFORE YOU SHOOT. Because if you think, you WON'T shoot.

 #allthevoices #peaceNOW

Lembro-me de, em míudo,

quando passeava de carro com os meus pais, me deitar no banco de trás para poder olhar apenas o topo dos prédios, e ver coisas que não via noutras alturas. Tenho para mim que foi assim que aprendi a querer alcançar o céu.
i'm just complicated...
"I just met you yesterday and I'm
Already imagining the break up
[...]
You're fucking out of my league,
When will I learn it..."
To be acknowledged for who and what I am, no more, no less. Not for acclaim, not for approval, but, the simple truth of that recognition. This has been the elemental drive of my existence, and it must be achieved, if I am to live or die with dignity.  
[in bicentennial man]
como uma mulher grávida, prestes a dar à luz, se retorce e grita em suas dores, assim estamos diante de vós, Senhor.

Uma revista cor de rosa com um título de capa de 'conheça as frases memoráveis do Papa', um padre que se queixa de falta de tempo mas diz que quer ir ao rock in rio Lisboa para ver o Robert Williams (his words)....
Pergunto-me se Jesus Cristo teria achado isto normal...

poucas coisas me dão mais prazer

do que ficar na cama quando está frio lá fora. 

estou na cama a olhar para o céu.

está enevoado, e nem por isso deixo de ver as estrelas.

está na hora

de tirar o pó ao canto.
está frio.
a luz, amarelada, da sala intensifica o cheiro a tabaco morto. a chaise longue, ao fundo, à direita, parece particularmente abandonada e faz com o que o frio na sala se sinta mais. os animais de caça representados na parede de mármore vermelha calam mais alto os fósseis expostos. é uma natureza morta, profundamente morta, fria, silenciosa e absurdamente acolhedora.
lá fora a chuva parou.
o nevoeiro pousado oculta tudo para além de um metro de distância.
a imensidão de oliveiras e sobreiros esconde-se na noite sem luz como se todos tivessem emigrado para paragens mais quentes. 

ele entrou. sapatos castanhos, cachecol bordeaux, casaco castanho, daqueles que têm remendos nos cotovelos a imitar os casacos de outros tempos. aquelas calças ficam-lhe particularmente bem.
acende o cigarro a olhar lá para fora como se quisesse asustar os sobreiros. 
- detesto quando fumas.
- detesto que me chateies.
senta-se.
longe.
a chaise longue parece ainda mais vazia. 
- que queres fazer?
- fumar. (foda-se!)
exala o fumo, languidamente.
- que querias? sabias que tínhamos o fim marcado.
cruza a perna. abre o cachecol como se de uma corda de forca se livrasse.
- não sei...
a nuvem de fumo parece já confundir-se com o nevoeiro de fora.
- amas-me?
- como sempre.
- como sempre?
descruza a perna e apaga o cigarro.
- vou-me embora.
deixou o cachecol caído nos ombros. (aquelas calças ficam-lhe mesmo bem...)
abriu a porta e saiu. não voltamos a falar.

come on... really?


e eu ainda achei estranho haver uma caneca...

i know now.


"I got through it.
and i'm on the other side. (...)
till I met you I used to think I just wasn't a good guy. (... )
but now, after all of it, I know i'm a good man. and I thank you for that. because I know now I am good enough not to deserve this. not to have to feel like this. (...) I deserve someone who will stay. 
I'm happy your ok, but I want you to go. 
and be happy. 
and not come back."
this is war.
this is war, where i am right now.
and i'm not winning.

estou farto

que me perguntes como estou sem quereres saber a resposta. se não fazes questão de saber, eu não faço questão de dizer. por favor pára de perguntar.

II. estou farto de ter remorsos por não estar com toda a gente que gostava. a vida é assim. frequentemente não corre como gostaria, mas se preciso de tempo para mim, não tenho que justificar-me por isso. quem me ama, ama-me assim.

III. estou farto que leias numa sms algo que não escrevo. a não ser que consigas ler mentes, por favor não leias mais do que aquilo que escrevi, nem leias o que te pareceu que escrevi. lê apenas o que escrevi.

IV. estou farto que assumas que se passa alguma coisa. ao contrário do que gostavas, o meu mundo não gira à tua volta, e lamento se alguma vez te fiz pensar que girava. não o devia ter feito. estou farto.

estou farto

de ter os pés frios.
and still you don't SEE me...

lembro-me de te sentares no meu colo,

e de sentir que o mundo cabia ali.
lembro-me do cheiro do teu pescoço, e de como a minha mão esquerda prendia as tuas costas.
lembro-me do sol que brilhava dos teus olhos.
não me lembro do tempo que estivemos ali, mas também não me lembro do tempo em que deixamos de estar.

lembro-me do quarto, escuro,

onde passamos a noite. estava cansado, muito cansado. quase não notei a escuridão do quarto que tinha apenas uma janela para o corredor, naquela pensão estranha onde ficamos. quando chegamos, sentia necessidade de criar ali um ninho. não desarrumei nada. a secretária, à esquerda da cama, quase colada, manteve-se incólume até tu te sentares, de costas para mim, quando voltamos de jantar. sabíamos que daí a poucas horas tínhamos de voltar. "estou cansado". "descansa", respondeste com um sorriso. "e tu?" abriste o computador e disseste "não te preocupes comigo. vou para o meu quarto daqui a nada". abracei-te de costas e senti-te uma última vez antes de me deitar. apagaste o candeeiro da mesinha de cabeceira para não me incomodar, e escondeste a luz do computador por trás de ti. esgotado, adormeci.
por segundos, pensei que não tivesse adormecido, porque quando acordei, velavas o meu sono. protegias-me. juntei as minhas coisas, e partimos.
despedimo-nos com um abraço, e nunca mais fui capaz de ouvir a música que estavas a ouvir quando acordei.

há coisas que me irritam

um dia destes faço um post à "alta definição" em que digo o que gosto, o que não gosto e o que dizem os meus olhos.
por estes dias, uma coisa em especial me desagrada: pessoas cinzentas que não são sim nem não, não avançam nem param, e fazem da vida um constante círculo à volta de nada.

não gosto de pessoas cinzentas.

could have been like this

and it should have, too..

Magnificat by Arvo Pärt on Grooveshark

rasguei uma carta de amor

de há um ano e uma eternidade atrás.

it gets better

because at some point, one or another, for whatever reason it may be, everyone, needs to be reminded: it gets better. it may not seem now, but it gets better. it gets so much better...

221 quilómetros

de mota, pela montanha, pelo meio de árvores outonais e uma luz inebriante...
just what the doctor ordered.

preciso

de reaprender a dizer-me.

preciso

de chorar.

tenho-me afastado,

mas desengane-se quem acha que é por falta de gosto.
mas hoje pude, finalmente vir desempoeirar o meu canto.
e não há melhor forma de começar do que com uma coisa bonita que ouvi semana passada. são norueguesas, e este é um tempo em que a noruega tem de ohar mais para a sua beleza, e menos para a fealdade...

ouvi esta música,

pela primeira vez, há dois anos, no mosteiro de alcobaça. é pouco dizer que fiquei boquiaberto como a sua aparente simplicidade é tão rica e profunda.
e fiquei dessa mesma forma quando, há dias, a encontrei por acaso no youtube.
é hipnotizante, como, de resto, foi todo esse concerto.

tenho trabalhado demais

demais. 12 a 13 horas por dia. mas o que me lixa mesmo mesmo é sentir remorsos sempre que me tento queixar disso...

estou preocupado comigo.

é que não sei porquê, mas acordei com a música da floribela na cabeça e ainda não a consegui esquecer. se isto continuar muito mais tempo vou a um hospital psiquiátrico pedir terapia de choque.