o descanso

ontem foi a minha primeira noite de pura descontracção em cerca de dois meses.
estes dias foram profundamente desgastantes, com toda a preparação para a páscoa, as celebrações da semana maior e o regresso às aulas, que coincidiu com a adjudicação de um livro de 150 páginas que tem de ser paginado, impresso e acabado até ao fim do mês.

saí para jantar com a joana e senti-me a descomprimir. decidimos o restaurante apenas quando nos encontramos, e a escolha recaiu no orfeu, em santa maria da feira. estivemos tranquilamente à mesa, a conversar e nem demos conta que ali estivemos cerca de 2h45m. decidimos regressar ao porto, à sincelo (onde os funcionários já conhecem os nossos gostos) para a sobremesa, e a cidade estava incrivelmente movimentada.

encontrei o francisco, o zé miguel taborda, e mais tarde, enquanto passeávamos numa cidade que me parecia imensamente metropolita e viva, o bernardo e a diana.

nem eu nem a joana andávamos a pé - no porto e à noite - há muito tempo (porque estamos velhos - diria ela) e senti-me realentado por ver centenas de pessoas (estrangeiras mas maioritariamente portuguesas) que se recusam a aceitar o porto como uma cidade morta.


...
acordei revigorado de uma noite incrivelmente bem dormida e decidi, antes de arrumar a casa, deixar o ar de barba comprida que trazia há tanto tempo quanto não parava, desiludindo, certamente, todos os que me foram chamando pai-natal, franciscano ou mesmo vagabundo.

terminei a manhã a arrumar a casa, decidido a limpar o pó que deixei acumular, instalado, agarrado a uma rotina que me coloca à janela, a olhar, passivo.

limpo também o pó ao meu canto, e desafio-me a não deixar que se reacumule. tenho de recomeçar a caminhar...

1 comentário:

ritzpicz disse...

E eu num novo caminho..se não fora antes vemo-nos no meu aniversário.